Giovanna na praia

Giovanna na praia
minha razão de viver conhecendo o mar... Foto: www.melissabonon.com.br

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Reconhecendo os erros e buscando os acertos


Amanhã minha pequena completa nove meses. É incrível como o tempo toma proporções diferentes após o nascimento do primeiro filho! É tudo muito rápido!! 

Ultimamente tenho pensado em como me relaciono com o mundo à minha volta, pois devemos sempre estar preparadas e bem psicologicamente, uma vez que a criança percebe nossas emoções, sejam elas boas ou não, e isso reflete também no comportamento dela.

À medida que o bebê cresce, o cansaço passa a ser rotina na vida de uma mãe. Cada uma, à sua maneira e com seus problemas, sente-se debilitada e passa a remanejar horários, compromissos, trabalho, casa, marido, tudo para o momento de entrega total ao bebê. Mas uma coisa é certa. Independentemente do cansaço, tudo fica infimamente pequeno quando se tem a troca. Um olhar, um sorriso, uma brincadeira, um carinho...

Acredito que para que o relacionamento entre mamãe e bebê seja saudável, prazeroso e relaxante, estar bem relacionada com todos à sua volta é essencial. Confesso que por ser muito explosiva acabo por ter uma característica que é vista com olhos tortos por muitas pessoas. Sou direta demais, sincera demais, de não guardar para mim muitos dos meus sentimentos e crenças só para não criar um clima ou até mesmo uma discussão. Mas intempestividade e impulso definitivamente não são compatíveis quando se vive a fase na qual estou.

Ultimamente tenho concluído que para ser uma mãe agradável para a minha filha e para manter um clima agradável para a criança, é mais do que necessário rever meus conceitos de como tratar o próximo, principalmente os mais chegados.

Muitos podem me criticar falando que só porque eu virei mãe eu tenho que deixar de ser quem eu sou. Não, não é isso o que eu quero dizer. Obviamente não vou deixar de ser eu, mas acho sim que posso ser melhor. Em tudo, mas principalmente com quem eu amo.

O excesso de tarefas me pegou de sopetão. E foi um acúmulo de carga pesada. Foram muitas as mudanças – no meu caso em todos os sentidos: além da mudança de estado antes de ser mãe e após ser mãe, teve também o fechamento de um negócio mal sucedido, que eu tentava conciliar com um emprego. Emprego este que decidi abdicar. Houve a mudança de cidade, de casa, de rotina, de tudo! E tudo para buscar crescimento pessoal, satisfação financeira, profissional, que certamente resultarão numa vida melhor para a minha filha.

O estress do cotidiano acabou virando uma bola de neve, que uma hora teve que parar. E quando ela parou, explodiu. Alguns episódios que aconteceram ultimamente serviram pra que eu reavaliasse essa minha maneira explosiva e de certo modo grosseira com o próximo. Acabei virando um contraponto. Ao mesmo tempo em que eu era só amores, alegria e felicidade com a Giovanna, eu estava praticando demasiadamente o ato de “descontar” meus problemas nas pessoas que me amam acima de qualquer suspeita. Parecia uma válvula de escape. Mas existem outras maneiras de fazer isso e de nada adianta eu ser duas caras! Estava sendo amorosa com a minha filha, mas sendo grossa com as pessoas, respondendo de maneira ríspida a perguntas simples, sendo incisiva em minhas afirmações. Essa definitivamente não sou eu.

Não tenho vergonha nenhuma de assumir num blog que tenho errado feio me comportando desta maneira. Sei que isso é muito pessoal. Mas acho que o primeiro passo é reconhecer o erro. Para depois procurar uma maneira de melhorar. Quem sabe revelando aqui essas fraquezas eu possa inspirar outras mães que estão vivendo a mesma situação? Nunca se sabe...

Quero voltar a ser aquela pessoa leve de antigamente, sempre com um sorriso no rosto (deixando de lado a constante cara de preocupação), de bom humor e arrancando sorrisos de todos à minha volta. Mesmo porque uma hora a máscara cai. Não quero que a minha filha veja sua mãe como uma pessoa rabugenta, sempre reclamando disto ou daquilo, discutindo com todos. Além de tudo, quero me relacionar melhor com o mundo. Ser feliz por mim mesma, para então, curtir 100% as alegrias que a maternidade me trouxe. 

Aí sim, a Gi vai ter orgulho de saber a mãe que ela tem! Dizem que a maternidade faz com que sejamos uma pessoa melhor. Pois é... nove meses se passaram. Já tá passando da hora de eu começar a colocar isso em prática.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Medo de mãe

Antes de virarmos mães e pais a nossa relação com a dor, com as tragédias e com as perdas é uma. A partir do momento que temos a(s) pessoa(s) mais importante(s) das nossas vidas, os sentimentos de medo, angústia e preocupação ganham proporções gigantescas! Não sei se é comum, mas a todo instante, a cada manchete dos noticiários, me sinto no lugar daquelas mães aflitas diante de tanta coisa ruim que tem acontecido por aí. Penso na Giovanna e rezo. Por vezes agradeço por nada ter acontecido com ela e por vezes peço para que nada aconteça, nunca. Depois que viramos mães, o medo da perda se faz presente a cada notícia fatídica que vemos na televisão. Quase que instintivamente, mas ainda vou descobrir uma maneira de fazer com que esse sentimento deixe de se tornar tão constante. É aquele velho medo de atrair, sabe?
O episódio da linda garotinha, de apenas três anos, morta de maneira imbecil em Bertioga me fez pensar que o mesmo amor que sinto pela minha filha é equivalente ao tamanho do medo de vê-la sofrer, ou coisa pior. Nesta fase em que o bebê ainda não fala e, com exceção do choro de fome, que nós sabemos muito bem como contornar, posso dizer que não há coisa pior do que aqueles pequenos olhos nos olhando como se gritassem por ajuda.

Neste Carnaval, Giovanna sofreu uma gastroenterite. Pra quem não sabe, e explicando superficialmente, gastroenterite é uma infecção no intestino e estômago. A causa, de acordo com a médica do PS, foi a contaminação pela água do mar – uma vez que a praia estava superlotada e não havia, obviamente, controle sanitário do ambiente.

Foi um susto!

Começou com os vômitos, aquela carinha pedindo ajuda, um choro assustado diante do que estava acontecendo, sem saber o motivo. Meu marido já havia voltado pra casa. Ainda no PS, a médica disse que ela poderia ter febre e diarréia, além de o vômito persistir por mais um ou dois dias. Tive que tomar uma rápida decisão de voltar às pressas para casa. Eu e a minha mãe aproveitamos enquanto o remédio fazia efeito e a pequena dormia tranquilamente. Depois de algumas horas no hospital, pegamos estrada ainda de madrugada. Minha mãe relutando bravamente contra o sono. Os anjos da guarda nos guiaram. Sorte que é pouco tempo de viagem, mas chegamos em casa com o dia começando. Graças a Deus a febre não veio... e na primeira mamada do dia ela não vomitou.

Antes da Gi, uma amiga que estava conosco passou mal, mas achávamos que tinha sido algo que ela havia ingerido na praia... Depois da Gi, foi a vez de minha mãe, depois fomos eu e meu marido. Por sorte, também não tivemos febre, mas aquela coisa chata da virose também nos pegou. Depois disso descobri vários destinos do litoral brasileiro sofrem surtos de gastroenterite praticamente todos os anos.

É claro que ficou a lição dos cuidados mais que redobrados quando formos ao mar. Agora entendo que algumas daquelas chatices e frescurites de mãe às vezes fazem sentido - é que eu não sou o tipo de mãe muito fresca... Não sei como será a minha relação com a praia superlotada em períodos de alta temporada e feriados prolongados enquanto a Gigi for uma bebê, tenho pensado nisso. O bom é que, além de ela estar crescendo, a alta temporada chegou ao fim e depois temos o resto do ano pra curtir. Mas o fato que é bebês são muito mais sensíveis que nós adultos e, além dos 3 primeiros meses de vida (que são os mais delicados) eles precisam, sim, de cuidados especiais em casos específicos, como uma simples viagem ao litoral.

Muitos podem falar: "antigamente não existia nada disso! Hoje em dia tem frescura pra tudo!"
Mas pra quê querer pagar o preço e deixar um risco iminente virar realidade?? Melhor prevenir.
O fato é que a cada susto que passamos com a Gi, aquele medo dito lá em cima, no começo do texto, se faz presente de maneira absurda!! O episódio da gastroenterite me fez pensar novamente na vontade incontrolável que temos de trocar de lugar e sofrer pelo(a) filho(a). Se isso acontece em casos considerados bobos como o acontecido com a Gi, nem faço ideia de como deve se sentir uma mãe que perde parte de si. Por isso, queria deixar registrado o meu sentimento de solidariedade e de tristeza à mãe da pequena Grazyele, que nesses dias perdeu o bem mais precioso de sua vida.

Um beijo carinhoso à todas aquelas que não medem esforços e dão a vida pelo bem do seu filho! Em especial a minha mãe.


segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Hora da papinha

Que atire a primeira pedra que nunca deu papinha industrializada para seu bebê!

Gente, quem tem tempo para fazer a papinha diariamente pode ir se achando porque se tem uma coisa que dá trabalho para fazer todo santo dia é a tal da papinha. Sempre cozinho com o maior prazer. Mas aqui em casa tenho um problema sério que é o marido não gostar de 80% dos legumes, verduras e folhas que precisamos colocar nas papinhas do bebê. Ok, vocês podem falar na minha cabeça e dizer que isso não é desculpa para eu me alimentar como ele. Mas pra quem trabalha, cuida de filha (fora do horário da escolinha), dá umas arrumadas na casa, lava, e passa, passar algumas horas diariamente no fogão pra fazer 2 tipos de comida não é lá muito atraente. E nada prático, diga-se de passagem.

Qual solução encontrei: faço as papinhas da Gi com o maior amor e carinho e depois congelo! Simples assim. E faço isso sem dó. As opiniões são controversas. Há quem diga que a comida deve ter sido feita no mesmo dia, há quem diga que não há problema algum congelar (desde que tenha sido preparada com alimentos frescos) e há quem diga que não há mal algum em dar comidinha daquelas que compramos prontas.

Vá lá... eu também não tenho coragem de dar essa pronta de supermercado sempre pra minha pequena né? Então, pelo menos uma vez por semana, mãos à obra! Na receita das papinhas, sempre há 1 tipo de folha, 1 legume, 1 vegetal, + ou – 150gr de carne magra (geralmente uso frango) e 1 carboidrato. Como eu gosto de fazer sempre com ingredientes comprados no mesmo dia, acabo comprando a quantidade exata que vou usar no dia de fazer. Sempre dá uma quantidade grande de papinha. Como a Gi come 2 vezes ao dia e pela manhã ela come a comida da escolinha, acaba dando mais ou menos a quantidade de papinhas da semana + do final de semana.

Todos os dias eu “desço” do freezer pra geladeira a papinha do dia seguinte, pra não precisar descongelar no microondas. No começo esquentava no banho Maria. Mas depois perdi a paciência. Atualmente coloco num prato de vidro e... dá-lhe microondas! Um minuto e meio depois não se ouve mais o choro da Gi pedindo comida! E ela é voraz!

Uma coisa interessante que o pediatra falou na última consulta foi: 3 vezes na semana acrescentar na papinha 1 porção de feijão e 1 gema de ovo cozida. Tenho feito desde semana passada. Ele disse pra dispensar a clara e dar somente a gema cozida (no dia) misturada à papinha. Então, um dia é gema de ovo e no outro dia é a vez do feijão. Nunca dando como refeição, sempre acrescentando à papinha com os ingredientes citados acima.

Também passei a acrescentar à refeição da Gi um pouco de gelatina líquida após a refeição como sobremesa. Hoje dei pela primeira vez e acho que ela adorou! E vocês mamães, como costumam fazer e armazenar as papinhas?

Receitas são bem vindas, ok?
Beijocas!